Portugueses querem novo confinamento, mas governo avisa que economia não aguenta

A nun wearing a face mask to prevent the spread of coronavirus climbs stairs of a subway in downtown Madrid, Spain, Friday, Sept. 18, 2020.

A nun wearing a face mask to prevent the spread of coronavirus climbs stairs of a subway in downtown Madrid, Spain, Friday, Sept. 18, 2020. Source: AAP

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O COVID-19 volta a disparar na Europa, com o maior número de contágios dos últimos cinco meses


É o efeito do disparo dos números: em maio Portugal estava com 200 contágios por dia. Na última quinta-feira foram 776, na sexta, 780, os números mais altos dos 5 meses. Há duas diferenças em relação ao pico da pandemia: uma, é a idade dos infetados, a maioria agora abaixo dos 50 anos. Outra, o grande número de infetados não se traduz em necessidade de hospitalização. Seja como for, o número de mortes diárias passou de 1 a 5 para 6 a 10.

O primeiro-ministro reuniu na sexta-feira o conselho de crise e avisou que, muito provavelmente, na próxima semana, o número de contágios vai subir para mil por dia.

Insistiu na chamada à responsabilidade dos cidadãos: que usem a máscara sempre que estão em cruzamento com outras pessoas, que cumpram a distância física e os cuidados de higiene.

O chefe do governo avisou que não quer voltar a parar o país com confinamentos forçados, a economia não aguenta o esforço. Aliás, neste momento, o Estado está a subsidiar umas 600 mil pessoas que ficaram com o emprego precário.

Mas uma sondagem da Aximage para a rádio TSF e o Jornal de Notícias mostra que há número crescente de portugueses a desejar o confinamento outra vez.

Nesta sondagem, 47% dos portugueses inquiridos consideram que sim, é preciso voltar às restrições de movimentos, enquanto 40% dizem não ser necessário. 12% não têm opinião sobre o tema. Além disso, 54% dos inquiridos defendem que o confinamento seja ainda mais exigente do que o primeiro, enquanto 16% ficariam satisfeitos com um modo mais relaxado.

Metade dos inquiridos acredita que o país está agora mais preparado do que estava para responder ao COVID-19 no inverno, mas 29% discorda. 20% diz que não sabe. Quase 70% das pessoas sondadas garantem que cumprem as recomendações da DGS, mas ao mesmo tempo 56% acham que os seus concidadãos não o fazem. A esmagadora maioria das pessoas (83%) está preocupada ou muito preocupada com o regresso às aulas.

No que toca à política, o governo sai com nota positiva na gestão da pandemia para 43% dos inquiridos, e 34% dão nota negativa. No entanto, 56% dos portugueses inquiridos dão nota negativa ao governo na gestão dos lares.

A vizinha Espanha voltou a números da ordem das 100 mortes por dia, França teve 123 na sexta-feira.

Espanha já colocou várias zonas de Madri com cordão sanitário: ninguém entra, ninguém sai.

O Reino Unido, com 4300 contágios em 24 horas anuncia novas restrições, tal como a Alemanha também com o maior número de contágios diários desde abril, 2300. A Bélgica está com 1000 novos casos por dia.

A Irlanda fechou restaurantes.

O verão do hemisfério norte está a despedir-se com toda a gente a queixar-se: foi o mais curto e mais pobre em viagens de que há memória.

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As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira as restrições em seu estado aqui. 

Residentes na área metropolitana de Melbourne estão sujeitos às restrições do Estágio 4 e devem cumprir o toque de recolher entre 8h da noite até 5h da manhã. A lista completa de restrições está aqui. 

Se você  tem sintomas de resfriado ou de gripe, fique em casa e organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.

A SBS traz as últimas informações sobre o COVID-19 para as diversas comunidades na Austrália.

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