Por um dia, todos na campanha eleitoral portuguesa com o comunista Jerónimo

Jeronimo de Souza

Jerónimo de Sousa foi operado mas é incerto que possa voltar à campanha para as eleições do dia 30 Source: Facebook CDU

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A três semanas das eleições gerais, quando todas as sondagens dão o PS em vantagem sobre o PSD, por uns 6 pontos percentuais e a esquerda também em vantagem, mas menor, sobre as direitas, uma expressão “estenose da carótida” tomou conta das atenções gerais e está a suscitar unidade entre os adversários no desejo de recuperação de saúde ao líder do Partido Comunista, 4ª maior força política em Portugal, Jerónimo de Sousa.


O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sofreu um acidente isquémico transitório (AIT) ou um acidente vascular cerebral (AVC) que obrigam agora a uma cirurgia urgente para evitar repetição com maior gravidade. Segundo o comunicado do Partido Comunista, na origem do episódio agudo está uma estenose carotídea (da carótida interna esquerda) anteriormente diagnosticada em exames e que requer agora uma “intervenção cirúrgica urgente”. Ou seja, o aperto na artéria que leva o sangue do coração para o cérebro agravou-se e impõe cirurgia imediata.

Os sintomas mais comuns de uma estenose da carótida interna à esquerda são o adormecimento e a perda de força dos membros inferiores do lado direito, a alteração da fala, a perda momentânea da visão ou a comummente dita boca ao lado. Na origem do aperto na artéria carótida interna – a externa leva o sangue do coração para o pescoço, a face e o couro cabeludo – estão fatores de risco como a idade, hábitos tabágicos crónicos, gordura no sangue ou diabetes.

Jerónimo de Sousa foi operado na quarta-feira. Sem contratempos, poderá ter alta nas 48 horas seguintes mas é incerto que possa voltar à campanha para as eleições do dia 30.

Com o líder fora do terreno, a direção do PC já escolheu 2 substitutos para conduzir a campanha:  João Oliveira e João Ferreira, recisamente os dois nomes sempre apontados como prováveis candidatos à sucessão do veterano secretário geral Jerónimo de Sousa.

Nas sondagens, o PCP aparece com à volta de 6% dos votos. Percentagem que pode ser decisiva para voltar a viabilizar o governo se o vencedor das eleições for, como parece provável, o socialista António Costa.


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