Notícias da Austrália e do Mundo | SBS em Português | 28 de outubro de 2020

Qatar Airways

Qatar Airways Source: AAP

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A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, confirmou que passageiras, várias australianas, foram forçadas a passar por exames físicos íntimos no aeroporto do Catar. Mulheres foram retiradas de aviões e obrigadas a provar que não haviam abandonado recém-nascido


A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, confirmou que passageiras de dez aviões foram forçadas a passar por exames ginecológicos no aeroporto do Catar.

Funcionários de companhias aéreas estão acusando a Qatar Airways de agressão sexual sancionada pelo Estado, depois que as mulheres, entre elas, 18 australianas, foram submetidas a exames físicos íntimos.

Os exames invasivos supostamente aconteceram em um aeroporto de Doha após funcionários terem achado uma recém-nascida envolvida em um saco plástico dentro do cesto do lixo do banheiro no aeroporto internacional de Hamad. A bebê foi achada com vida e passa bem.

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, disse em um inquérito parlamentar que outros países reclamaram em Doha mas não quis dizer quais. 

"Outras missões diplomáticas estão envolvendo a Austrália em Doha neste assunto. Não tenho certeza se cabe a nós identificar de quais são esses países."

Ela disse que as denúncias são perturbadoras e que está investigando o caso. 

"O que ocorreu foi grosseiro, perturbador e ofensivo. Jamais vi algo parecido na minha vida, em qualquer contexto. Deixamos nossos pontos de vista muito claros junto às autoridades do Catar sobre o assunto."  

O médico Wolfgang Babeck estava no mesmo voo e falou a SBS News como foi. 

“Todos achamos que só as pessoas mais vulneráveis estavam sendo retiradas [do avião]. Também pensamos que talvez fosse apenas algum teste para COVID. Mas apenas as mulheres foram chamadas. Acho que todas ficaram chocadas. Nos dias de hoje com COVID, às vezes você apenas segue as instruções que lhe dizem e geralmente tem boa fé."

Ele disse que as passageiras retornaram aos seus assentos no avião em estado de choque. "Elas estavam em choque. Eu não conseguia nem expressar o que aconteceu. Algumas mulheres falavam com seus parceiros e cada vez mais transparecia que algo horrível tinha aconecido com elas. "

O governo do Catar se pronunciou hoje e disse os exames físicos foram necessários para prevenir um 'crime horrível' e evitar a fuga da mãe que abandonou o bebê.
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