Lisboa, quase deserta, acolhe com indiferença a fase final da Champions do futebol europeu

Koobka Kubbadda Cagta Yurub

Koobka Kubbadda Cagta Yurub Source: Getty Images

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Não há turistas e os lisboetas, em pico das férias de verão e com o muito calor, estão na praia ou noutro lugar de férias


É um clássico: sempre que grandes equipas do futebol europeu vêm jogar a Lisboa, a maior parte das vezes com o Benfica, algumas com o Sporting, a baixa da cidade é tomada por dois ou três dias pela festa dos adeptos chegados de fora.

A praça do Rossio torna-se um arraial permanente, adeptos com a camisola do clube, seja o Bayern, o Liverpool, o Chelsea, o Barcelona ou o Real Madrid (diga-se que os holandeses apoiantes do Ajax, Feyenoord e PSV, também os escoceses do Glasgow Rangers e do Celtic – estes que já ganharam uma Champions em Lisboa, são sempre os mais numerosos e entusiastas) tomam todas as ruas até ao rio Tejo, sobem ao Chiado, bebem muita cerveja e exploram bom vinho e petiscos, desfraldam bandeiras e os comerciantes lisboetas fazem negócio farto.

Desta vez, estão em Lisboa não apenas uma mas oito das principais equipas do futebol europeu.

É a fase final da Champions deste estranho ano 2020, jogada por 8 equipas, ao longo de 12 dias num inédito torneio com jogos a eliminar: nesta semana, já a partir desta quarta-feira, 12 de agosto, os quartos de final, com um jogo em cada dia, depois, na semana seguinte, meias finais e, no domingo 23, a grande final da Champions do futebol europeu de 2020.

O espetáculo tem cartaz excitante, grandioso, mas nas praças e avenidas de Lisboa, o que se percebe é, indiferença, aliás, a Baixa de Lisboa está quase deserta.

Os lisboetas, em pico das férias de verão e com o muito calor, estão na praia ou noutro lugar de férias. 

Num agosto normal, a Baixa e toda a orla ribeirinha, Cais do Sodré e Alcântara, estão inundadas com turistas. Neste verão, efeito da pandemia, quase não há turistas, apenas alguns alemães, franceses e espanhóis.

Os restaurantes apontam quebra de serviço na ordem dos 70%. 

Entre os hotéis, alguns dos 5 estrelas continuam fechados há 5 meses e entre os hostels, alguns já deixaram de o ser.

O espetáculo da Champions não pode ter a tradicional multidão de adeptos porque os jogos têm de ser sem público. Bancadas vazias. O futebol, assim, não é a mesma coisa.

É facto que na véspera da abertura da fase final da Champions, alguns tuk-tuks (os triciclos turísticos que antes não tinham descanso) já voltam a rodar a transportar gente com a camisola dos franceses do PSG (que abre o torneio, nesta quarta-feira, diante dos italianos do Atlanta), também está a aparecer gente, sobretudo jovem, apoiante do Atlético de Madri (a equipa que eliminou o campeão Liverpool e que na quinta-feira joga com os alemães do Leipzig).

O jogo mais esperado é o de sexta-feira: duelo entre duas equipas que já levantaram várias taças dos campeões, o Barcelona e o Bayern de Munique. Significa que um dos favoritos, no final do jogo no estádio do Benfica, vai ficar de fora desta Champions.

No sábado, outro jogo de grande cartaz: o Manchester City frente ao Lyon.

Até aqui, Lisboa tem estado indiferente a este cartaz de luxo.

Alguns dos principais hotéis estão a ganhar vida. As comitivas desta operação Champions envolvem umas 3 mil pessoas. Há outros tantos pedidos de acreditação para jornalistas.

E até pode ser que os adeptos acabem por aparecer.

Hoje já havia umas dezenas de alemães em volta do hotel onde está a equipa do Leipzig.

Os franceses do PSG fizeram nestes últimos dias um curto estágio no Algarve e também foram envolvidos por bastantes adeptos, ainda que muitos deles portugueses que trabalham em França e que voltaram ao país para as férias.

Uma pergunta: por quem torcem os portugueses?

Se a Juventus não tivesse sido eliminada na semana passada pelo Lyon, seria a equipa preferida, porque tem Ronaldo.

O Manchester City está em Lisboa, joga no sábado no estádio do Sporting, com dois portugueses, Bernardo Silva e João Cancelo.

O Atlético de Madrid tem João Félix.

O Barcelona tem Nelson Semedo.

Uma curiosidade: todos foram jogadores do Benfica.

Falta falar de Anthony Lopes, guarda redes do Lyon. É filho de portugueses que migraram para França e foi lá que se fez guarda-redes.

É difícil arriscar uma equipa favorita, tanto para os portugueses como para o torneio.

O jogo de sexta-feira entre Barcelona e Bayern tem contornos de final antecipada.

Um novo estudo sobre os hábitos de apostas em jogos dos australianos descobriu que quase três em cada quatro pessoas relataram ter apostado com menos frequência por causa de paralisações do Covid-19.

Em uma pesquisa com mais de 750 adultos australianos, cerca de um quarto dos participantes teve problemas com o jogo nos últimos 12 meses, mas o comportamento do jogo online não mudou.

A professora associada da Universidade de Sydney, Sally Gainsbury, disse à SBS que, com menos locais abertos por causa das medidas da pandemia, muitas pessoas estão repensando seus hábitos de consumo: 


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