A noite de São João na cidade do Porto é uma das maiores festas de rua em toda a Europa
Na noite de 23 para 24 de junho, o Porto cumpre a tradição do seu santo mais popular com cascatas, rusgas e arruadas, bailes e arraiais, divertimentos, fogo de artifício e concertos em dezenas palcos.
Até o mais pequeno largo da Invicta, como é lema da cidade do Porto, acolhe um fogareiro onde são assadas as típicas sardinhas e os não menos tradicionais pimentos.
Basta adicionar um bocadinho de música e estão reunidos os ingredientes necessários. A cidade fica invadida pelos típicos arraias que acontecem em praticamente todos os largos.
Ninguém dorme, é mais muito mais de um milhão de pessoas toda a noite na rua.
Em tempo de São João não há espaço para tristezas.
Como tal, por toda a cidade são inúmeros os coretos ou os improvisados palcos que acolhem momentos musicais para todos os gostos, da música mais popular à até mais erudita.
Além do fado, sonoridades como o jazz, as mornas cabo-verdianas ou o chorinho brasileiro.
O palco principal está na enorme Praça dos Aliados, que vai do edifício da câmara até junto à gare ferroviária de São Bento com a Torre dos Clérigos logo acima.
Nas Aliados, cabeça de cartaz musical é Jorge Palma a revisitar temas que compôs ao longo de 40 anos, como 'Frágil', 'Deixa-me rir', 'Dá-me lume' ou o incontornável 'Encosta-te a mim'.
Num espetáculo feito à medida do São João do Porto, é acompanhado por uma banda alargada, que inclui um acordeonista e uma secção de metais, além de alguns convidados surpresa.
À meia-noite, de 23 para 24, meia hora de fogo de artifício na Ribeira, junto ao rio Douro, com mais de 150 mil disparos pirotécnicos, lançados desde a ponte Luiz I e de várias plataformas no rio.
A fechar oficialmente os festejos, já na tarde do dia 24, que é feriado, o dia de São João, tem lugar a tradicional regata de barcos rabelos, no rio Douro.
Organizada pela Confraria do Vinho do Porto, a competição cumpre este ano a sua 36.ª edição, juntando 18 embarcações num percurso desde o Cabedelo até à ponte Luiz I.
O programa oficial das festas acaba ali, mas a festa popular com sardinhas, arraias e música, essa, continua.
