No domingo, imagens de telefones celulares foram exibidas nas mídias sociais mostraram João de Deus, parecendo cansado, saindo de um carro e se entregando à polícia em uma estrada de terra em Abadiânia.
O advogado Ronivan Peixoto de Moraes, que estava com João de Deus, de 76 anos, na hora da prisão disse que a rendição à beira da estrada foi para garantir a segurança do médium. Ainda de acordo com o advogado, a prisão é preventiva, não tem prazo para terminar.
À porta da delegacia onde foi preso, o advogado Alberto Toron, também da defesa, disse que pretende entrar com pedido de habeas corpus na segunda-feira, para "discutir a legalidade da prisão". Ele disse esperar que João de Deus seja mantido sob prisão domiciliar, em vez de na prisão, e estava discutindo a possibilidade de uma tornozeleira eletrôinica.
Em entrevista coletiva no local, o delegado-geral André Fernandes, falou sobre a investigação. “Ele [João de Deus] vai ser ouvido caso por caso. Vai ser um depoimento longo, mas a Polícia Civil se preparou para isso. São 15 casos que chegaram até a nós.”
“Além do interrogatório do João de Deus, devem ser ouvidas outras pessoas para apurarmos outras situações. E com a prisão devem aparecer mais vítimas”, completou o delegado.
João Teixeira de Faria, conhecido como ‘João de Deus’, negou todas as acusações.
Ele foi declarado um fugitivo da polícia após não comparecer à delegacia e se render às autoridades na última sexta-feira 14. A prisão foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Goiás, que acatou pedido do Ministério Público do estado.
As primeiras denúncias de abuso sexual contra João de Deus começaram a vir a público no último dia 7, divulgadas pela mídia. Cerca de doze mulheres denunciaram abusos sexuais que teriam sido perpetrados durante sessões mediúnicas para curas de doenças.
Diante das primeiras denúncias mais e mais mulheres começaram a procurar as autoridades e a imprensa.
De acordo com as autoridades João de Deus teria retirado mais de 35 milhões de reais (12,4 milhões de dólares australianos) de suas contas bancárias dias antes de sua prisão ser decretada, levando às autoridades a suspeitar que ele estava planejando uma fuga do Brasil.
