O Ministério das Relações Exteriores disponibilizou dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) com ajuda humanitária para o país africano.
Cerca de 20 bombeiros e especialistas em operações de busca, salvamento e gestão de desastre do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG), estão em Beira.
A capital do estado de Sofala está entre as mais populosas do país e foi uma das localidades mais afetadas pelas enchentes causadas pela passagem do ciclone.
Os militares do CBMMG levam botes de resgate e equipamentos necessários para operações em áreas devastadas por esse tipo de desastre. Eles levam também kits de medicamentos e artigos básicos de saúde capazes de prover assistência emergencial para 6 mil pessoas, por até três meses.
A missão deve durar 15 dias.
O número de mortos nos três países afetados pela passagem do ciclone Idai - Moçambique, Zimbaube e Malaui - subiu para 746. Estima-se que, só em Moçambique, 1,8 milhão de pessoas precisem de ajuda humanitária.
Cólera
Autoridades de Moçambique divulgaram que o país vive um surto de cólera na região mais atingida pelo ciclone. Até o momento, mais de 130 casos foram registrados.
O receio agora é que a doença, transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa, se espalhe.
Moçambique contabiliza ainda 2.700 casos de diarreia na região.
As autoridades trabalham também com a possibilidade de que outras doenças, como tifo e malária, se alastrem após a passagem do ciclone.
Operação Moçambique - Os números do desastre
- O número de vítimas mortais após a passagem do ciclone Idai subiu para 501.
- No aeroporto da Beira chegam aviões de carga do mundo inteiro e a área afetada é muito vasta dificultando o transporte de carga do aeroporto às áreas afetadas.
- Número de pessoas afetadas subiu para 844 mil e o número de feridos subiu para 1523
- Número de desalojados nos centros de acolhimento chega aos 141 mil
- O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais enviará 20 militares especialistas para atuar em operações de busca, salvamento e gestão do desastre na área afetada pelo ciclone Idai que atingiu violentamente o sudeste da África.
- A tropa mineira é considerada referência mundial nesse tipo de atividade, com experiência nas reiteradas enchentes e inundações de grandes proporções que já ocorreram nas Minas Gerais.
- De acordo com o CBMMG as técnicas aplicadas em Brumadinho, foram exemplo para as demais equipes de busca e salvamento do mundo, servindo de aprendizado, inclusive, para a tropa de Israel.
- Por esse motivo, a tropa do CBMMG será a primeira Corporação brasileira a prestar apoio ao desastre.
- A previsão da participação do CBMMG na Operação Moçambique é de 15 dias.
- O empenho dos militares não impactará na atuação do CBMMG em Brumadinho
